Tradução deste blog

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A IGREJA E A POLÍTICA

Já devo ter escrito sobre este assunto em outras ocasiões, mas, diante do avanço dos interesses que tentam engessar a igreja do Senhor contra a verdade que ela prega, nunca é demais retornarmos ao cenário das discussões.
Ao longo de 46 anos de cooperação e mais de 38 de pastorado, sempre tive cuidado em não me envolver com pessoas que buscam nas igrejas, apenas oportunidade de angariar votos para se eleger. Liderança religiosa não é produzida nas esteiras industriais; lideranças religiosas, não nascem as pencas.
Liderança é primeiramente e deve ser sempre, produzida pela vontade do Senhor, todavia, há os que são chamados e os oferecidos. Os oferecidos proliferam e entre esses, pessoas sem o mínimo de substrato, desorganizadas de idéias e princípios que em nada edificam pessoas e famílias e na maioria da vezes, ainda são: Péssimos esposos e pais, sem conteúdo e nada tendo a oferecer.
Um líder doente, usa a igreja para negócios ilícitos, para proveito próprio com aquela velha matemática: Este é do Senhor e aqueles dois são meus.
Um líder que não foi chamado por Deus, não tem escrúpulos, basta que os seus interesses sejam devidamente alcançados. 
Quando um líder, com princípios de justiça e ética se coloca diante do povo, ele tem o dever de orienta-los sobre o que for de melhor para a nação e consequentemente para o povo.
Hoje, lidamos com fortes correntes que tentam intimidar a igreja do Senhor, forçando o estabelecimento de leis de exceção que protegem pequenos grupos e não por questões de sobrevivência como de pessoas que não disponham das mesmas condições de concorrência no mercado livre de trabalho e condições físicas que os permitam se locomover e lutar pelos direitos da perfeita cidadania.
Falamos em leis que procuram consolidar o aborto como algo natural, de leis que procuram defender o que a Bíblia chama de imoral, as relações homossexuais, cujas relações  não nos leva a matar pessoas por terem esse tipo de opção de vida, mas, que não podem nos impedir de proclamar as verdades de Deus reveladas nas páginas sagradas, isso não.
Orientar, limita-se a chamar a atenção para os que destroem a nação, com ações corrompidas, para os que legislam sobre interesses escusos e em causas próprias. O líder não pode se furtar de dizer quais pessoas ou grupos, não merecem a confiança do povo evangélico.
Há os que se levantam e dizem que igreja não é lugar de política e tem razão, porém, esquecem que igreja é um ambiente de culto, mas, também ambiente de reunir pessoas e famílias, além de obviamente, jovens e crianças que esperam muito das lideranças, para poder enfrentar a competitividade do mercado de trabalho; também temos essa responsabilidade, lembrando que o Senhor Jesus, orou ao Pai: "Não peço que os tire do mundo, mas, que os livre do mal.
Como há os que se levantam para achar que não devemos opinar e formar opiniões, queremos lembrar que o próprio Deus interagiu com nações antigas, para estabelecer reinos e constituir governos a exemplo da Síria nos tempos do profeta Elias e Eliseu, quando mandou que este, ungisse Azael como rei da Síria e como abençoou Dário e Ciro, reis da Pérsia pela benevolência com o povo judeu.
O que não se admite como justo, é vender-se. Há os que fazem isto, há os que se presumem que façam isto porque afinal de contas, qualquer envolvimento tornado público leva a censuras,  fundadas ou não.
Hoje, temos a colaboração da imprensa que não deixa por menos. As derrapadas de homens públicos, tornam-se notórias e  dessa forma, temos  os ingredientes que precisamos para saber se um candidato é ou não persona grata para o exercício da função pública. 
Não podemos nos negar sob pretextos de que não somos da terra, de aprender a fazer escolhas pois governantes sérios, nos dão garantias de paz social e de equilíbrio econômico.
Não nos esqueçamos das lições da história. Homens como Adolf Hitler, tornaram-se poderosos e verdadeiras máquinas de destruição porque faltou entendimento ao povo por conta da desenfreada corrida ao imediatismo, lembremo-nos de Maurice Duvalier, o Papa Doc que manteve o Haiti na miséria dominados sob o estigma de Vodu e de outros nomes.
Sejamos coerentes e tenhamos o cuidado de não julgar igrejas e ministérios pela aparência das questões. Quando o limite não é observado, eles mesmos, acabam permitindo que a lama seja vista por todos. A nós, cabe sempre confiar na providência de Deus e fazer aquilo que está em nossas mãos para fazer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores